Entre tantas boas histórias para compartilhar com vocês, resolvi falar sobre o último livro que li (até o momento). Essa é minha primeira (tentativa) resenha que posto aqui, confesso que não é o meu gênero textual preferido para escrever, mas ele é certamente o que mais gosto de ler (depois dos gêneros literários, é claro ^.^).

      Mas, por onde começar a falar sobre tal livro? Teria eu palavras para expressar o que encontrei? Não sei, mas vou tentar. Começo então pelo título.

   
O autor Brian Selznick poderia tranquilamente acrescentar uma pequena palavrinha ao nome de sua obra: mágica! "A mágica invenção de Hugo Cabret". Pode ser que não fique perfeita, mas essa é sem dúvida a palavra que a descreve, pois a combinação que ele faz nesse livro o torna mágico. Não entendeu o porquê? Continue lendo ^.^

     Se você já teve a oportunidade de ter esse belíssimo livro em suas mãos, sabe do que estou falando. Inicialmente ele causa admiração por seu volume ( o livro contém 533 páginas), mas logo o foco deixa de ser a quantidade, e sim a qualidade! Desenhos feitos pelo próprio autor ilustram o livro de forma fantástica, pois após ler toda a história compreendemos o quanto eles são significantes. Mas, para evitar spoliers, basta saber que eles são extremante bem feitos,  não servem apenas para deixar o livro mais bonito, ou maior (visto que a história em si é curta), servem para nós transportar para dentro dele, a leitura começa desde as capas do livro, desde a lombada (como podem ver aqui ao lado - lindo!).
      A diagramação do livro, o designer, são diferentes do habitual, as folhas são mais grossas (papel offset) e são pretas!! ... Enfim, para que eu não me prolongue mais nessa parte, colocarei algumas imagens para ilustrar o digo ao logo do post.O livro é composto por uma "Breve introdução", "Parte 1", "Parte 2", e encerra com agradecimentos do autor (que apesar de apenas citar nomes, contém informações esclarecedoras pelo menos para mim para saber o que é ou não ficção - leia!).

      Deixar a imaginação fluir e entrar pelas portas que se abrirem, sem dúvida te conduzirá é uma rica aventura pelas ruas de Paris, passará a viver em um novo mundo, onde uma simples engrenagem é de suma importância. Abra o coração e tente entender aquilo que muitas vezes nossos olhos e ouvidos não são capazes. Com um enredo simples e leve, conhecer Hugo é um prazer, uma leitura leve, fácil, que nos faz querer enxergar melhor cada detalhe, para não deixar passara respostas que tanto esperamos, e que muitas vezes está bem diante de nós e não percebemos. Essa leitura para mim é sensorial. Como já disse, com a imaginação ativa não há limites, na verdade é só se deixar conduzir. Na introdução o narrador faz um convite, que agora estendo a você, leitor. Aguce os sentidos e perceba (insisto, use sua imaginação!):

[...] quero que você se imagine sentado no escuro, como no início de um filme. Na tela, o sol logo vai nascer, e você será levado em zoom até uma estação de trem no meio da cidade Atravessará correndo as portas de saguão lotado. Vai visitar um menino no meio da multidão e ele começará a se mover pela estação. Siga-o porque este é Hugo Cabret. Está cheio de segredos na cabeça, esperando que sua história comece.

Sinopse:

       

Um dos meus trechos preferidos: