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Leio, logo indico: Jane Eyre

15:48 A leitora 0 Comentários Categoria : ,

 
   Não é fácil falar de Jane, pois ela é tão real, tão viva em cada página, que emitir minha opinião parece ser emitir um julgamento, e este seria totalmente inapropriado, pois sentir o que ela sentiu, passar pelo que passou, é aflitivo, é surreal e ao mesmo tempo tão verdadeiro, que nenhuma palavra (ou resenha enorme) poderia de fato expressar a profundidade da criação de Charlote Brontë, mas é exatamente isso que faz valer a tentativa ^.^




 
     Acredito que esse seja um dos livros com os personagens mais bem constituídos que já se escreveu. Um história onde vê-se um ser humano ser moldado por suas experiências, não de uma forma simplória, como se dissesse “tudo o que ela viveu a fez ficar assim”, mas “tudo o que ela é a fez suportar o que viveu e tornar-se assim”, trata-se de algo além de destino, é mais como caráter, fé e força de vontade para continuar vivendo.
     Como disse anteriormente, o livro pode parecer surreal, alguém pode pensar que não existem pessoas exatamente como a personagens criadas por Brontë, mas há algo de familiar e justificado em cada um deles. A graça da imperfeição, as críticas inteligentes à sociedade, os memoráveis diálogos, fazem com que Jane Eyre não seja apenas um livro, é mais como um “alguém”, a quem nos apegamos e chamamos amigo.
quote jane 1
     Todos os personagens tem essa... “humanidade”, quase como se pudessem ser tocados ou nos tocar. Além da fabulosa Jane – a quem não poupo elogios – somos apresentados a um personagem masculino forte e ao mesmo tempo encantador por motivos que parecem paradoxais à sua personalidade: Rochester não é um herói romântico (nada de Mr. Darcy por aqui), suas virtudes não são evidentes, ao contrário de vícios e defeitos, claramente expostos, mas ele tem um algo mais, que o torna tão memorável quanto se pode ser. Cada um dos personagens que passam pela trama tem traços que despertam sentimentos, desde antipatia, raiva, até pena, compaixão e fraternidade.
     Durante o inicio da leitura, lembrei-me de outro livro, “A menina que não sabia ler”, pois a pequena Jane cativou-me assim como ela (no início do livro). Por alguns momentos acredito que o leitor seja capaz de contemplar seus olhinhos verdes faiscando ao encarar o mundo com sede de aprender, querendo descortiná-lo através das páginas de um livro, ou mesmo ao ler as pessoas eu seu redor. E é o olhar de Jane que muitas vezes a denuncia, apesar de nem sempre corretamente interpretado, podendo causar os mais diversos efeitos: ódio, amor, acolhimento, admiração ou frustração.
     Um livro que recomendo a todo aquele disposto a simplesmente ler, por tudo o que disse até então ou pelo simples fato de ele merece ser lido. Obra imortalizada na mente de cada leitor - como Romeu e Julieta, Orgulho e Preconceito e outras obras primas literatura – é herança cultural aos pensantes e inspiração às mentes criativas (se pensarem um pouco irão perceber que o enredo pode-lhes parecer familiar: uma novela, um filme, um seriado ) mas inigualável perante qualquer outra história que possa lhe ter como premissa o sofrimento de uma órfã e uma história de amor entre pessoas de classes sociais distintas (mais exatamente patrão – empregada).
     Enfim... há algo de transformador na história dessa pequena órfã , quando a última página é lida já não se pode dizer que você é o mesmo leitor que leu a primeira. Não encontrando palavras melhores para expressar o que Jane Eyre significou para mim, encerro da melhor forma que poderia, pois ela fala por si:
quote jane 2
Até o próximo post!!

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