Tá na rede # 5 / Dica de Leitura ::: Os Diários Secretos de Aghata Christie
Hey Leitores queridos :D!
Como eu fiquei mega feliz com os comentários da resenha do livro "O natal de Poirot" que postei aqui … achei interessante compartilhar com vocês esse artigo sobre um livro especial, não exatamente mais um um romance, mas para os fãs é tão bom quanto (u.u eu quero!). Estou falando da publicação da editora Leya. Quer saber mais, então leia a matéria escrita por Maria Carolina Maia, para o Veja meus livros, blog da revista Veja, logo a seguir, e perceba que é realmente um achado, pois quem não gostaria de saber como funcionava a mente de uma das mairoes escritoras de todos os tempos enquanto escrevia suas célebres obras?
Descrição: |
Agatha Christie: 66 romances policiais, 20 peças de teatro, 6 romances sob um pseudônimo e mais de 150 contos. Quais são os mistérios que explicam tamanho sucesso?
Em 2004, um incrível legado foi revelado: Descobertos entre outros objetos deixados na casa da família de Christie estavam seus diários - 73 cadernos escritos à mão com notas, listas e desenhos que apresentavam seus planos para diversos livros, peças e contos. Entre essas relíquias, observações, pistas e notas sobre seus famosos livros, que fascinam gerações de leitores. Repleto de detalhes que a modesta autora jamais revelou, Os Diários Secretos de Agatha Christie inclui dois contos inéditos de Poirot. Imperdível! |
Que mistérios tem Agatha Christie
5 Porquinhos
Um Porquinho foi ao Mercado (market Basing)
1 ” ficou em casa
1 ” comeu rosbife
1 ” nada comeu
1 ” chorou, chorou, chorou
(Caderno 35)
Quem gosta de histórias de detetive sabe o quanto é difícil adivinhar o assassino de um livro de Agatha Christie. Entre os 66 romances publicados pela rainha do crime, como é conhecida a escritora britânica morta em 1976, aos 85 anos, há finais impensáveis, como um em que o culpado é o próprio detetive e outro em que o assassino não figura por quase toda a história, sendo, portanto, impossível de apontar. Agora, os leitores têm a oportunidade de uma saborosa desforra. Trata-se do livro Os Diários Secretos de Agatha Christie (editora Leya, 480 páginas, 49,90 reais [Atualização: 19,oo reais no submarino!!] ), em que o curador literário do espólio da escritora, John Curran, revela os planos traçados pela autora em seus cadernos de anotação (alguns trechos estão presentes neste post, em itálico).
Moça – (Nova Zelândia) descobre que sua mãe foi julgada e condenada por assassinato – possivelmente condenada a trabalhos f[orçados] – à prisão perpétua e então morreuGrande choque – Ela é uma herdeira tio deixou-lhe todo seu dinheiro – fica noiva – vê um brilho em seus olhos – decide nesse momento fazer algo a respeito – sua mãe não é culpada – procura H.P.
Procurando limpar o mínimo possível o caos de anotações de Agatha Christie, Curran transcreveu, comentando e analisando, os 73 cadernos da escritora. Deles, salta uma autora desorganizada, que mistura notas de supermercado com estudos de armas de crimes e argumentos com perfis de personagens que mais tarde podem mudar de nome, mas, principalmente, a fórmula do romance policial que ela herdou e aprofundou, fazendo do gênero um campeão de vendas. Agatha Christie foi traduzida para 45 línguas e, segundo fontes diversas, os exemplares de seus livros vendidos somam 2 bilhões de unidades. Quantia que na lista dos mais vendidos a deixaria atrás somente da Bíblia.
O gênero detetivesco foi inventado por Edgard Allan Poe, que escreveu apenas quatro histórias do tipo antes de perder o interesse por ele. O primeiro autor a ganhar vulto nessa área foi Sir Arthur Conan Doyle, pai do detetive Sherlock Holmes (1887 e 1927) – do qual, aliás, tentou se livrar e não pôde, impedido pelo público, assim como Agatha Christie tentou abandonar, sem sucesso, o belga Hercule Poirot, seu principal investigador ao lado de Miss Marple.
O passado – há 18 anos? 1920-24Se não era culpada, quem era?4 (ou 5) outras pessoas na casa (um pouco como os Borden?)A mãe matouA. MaridoB. AmanteC. Tio rico ou tutorD. Outra mulher (ciúmes)
Mas foi com Agatha Christie que o romance de detetive conheceu seus maiores voos. A leitura de seus cadernos pode revelar tanto a fertilidade da sua imaginação, como propõe Curren, quanto o seu apreço ao esquema que adotou e ajudou a refinar, como afirma artigo recente da revista The New Yorker. Um formato existe, sem dúvida – e é tão evidente que, como disse o argentino Jorge Luis Borges, depois de atravessar um livro de detetive outras obras podem parecer amorfas ao leitor. É mais ou menos assim: acontece um crime, a escritora apresenta alguns culpados óbvios, fingindo que está ajudando o leitor a desvendar o mistério, para em seguida mudar o rumo da história, descartando suspeitos e confundindo quem lê. Descoberto pelo detetive em questão, o assassino quase nunca protesta. Prefere dizer que a vítima merecia.
Duas das contribuições de Christie foram a consolidação da excentricidade do detetive – já iniciada por Conan Doyle com Sherlock, que em seu tempo livre deitava no sofá, sobre o efeito de cocaína, e atirava balas contra a parede – e da sua racionalidade. Quando trabalha, o detetive não demonstra emoção. Mas cada pista a que se atém é uma migalha ou uma isca jogada ao leitor, que assim vai se mantendo preso ao livro, acreditando que poderá adivinhar o assassino. Mas já sabemos que, em se tratando de Agatha Christie, será muito difícil.
As 5 pessoasMiss Williams senhora idosa Caro – devotada a CarolineMrs. Sargent – meia-irmã mais velha de Caro – casou-se por dinheiro etc.Lucy – irmã do marido – violentamente anti-CaroA. (Ideia) – Caro feriu uma irmã ou irmão quando criança devido a seu temperamento incontrolável – ela acredita que essa irmã ou irmão tenha cometido o crime – por isso acha que está pagando por culpa e fica satisfeitaA irmã ou irmão são no Nº5? – Chora, chora
Mas o que talvez mais salte ao leitor interessado em história da arte e em fenômenos culturais – categoria em que sem dúvida a literatura de Agatha Christie se insere – seja o pano de fundo em que as histórias são escritas (a Segunda Guerra ecoa sobre as linhas da autora, que se torna como que mais impiedosa) e a dimensão de seu consumo. Não apenas a classe média em busca de entretenimento é leitora da rainha do crime e de seus pares. Ela está na estante de letrados exigentes. Daí eruditos como Borges contarem com o estilo em seu lastro intelectual.
É claro que se pode dizer do romance detetivesco que seus personagens são rasos. Mas essa é uma condição do gênero: quanto mais opacos, menos dão pistas ao leitor. No caso de Agatha Christie, vê-se que a regra se comprova. E que funciona.
Gostou? Se quiser ler um trecho da introdução do livro, escrita pelo pesquisador irlandês John Curran, clique aqui.
E até o próximo post! ^.~
Leia na fonte: Veja meus livros
4 comentários
gostei do blog, muito fofo s2
ResponderExcluirsegue ? http://infinityebeyond.blogspot.com/
oobg s2
Adorei a dica. Não conhecia esse livro e ainda não li nada escrito pel Agatha (Que vergonha). Pelo que já ouvi falarem e as sinopses de livros dela...para ser uma ótimas escritora. E imagina um livro que fala sobre os segredos dela...deve ser super show!
ResponderExcluirBeijos!
http://palomaviricio.blogspot.com
Quando foi anunciado esse livro, eu fiquei louca ^^
ResponderExcluirQueria demais saber um pouco do que se passava na cabeça da Diva do mundo dos cianurestos e afins.
Mas a verdade é um pouco menos festiva =( eu comprei o livro, mas ainda não o li.
Seu post me fez lembrar disso com tristeza, tá mais do que na hora de eu me redimir desse mal passo hehehe pq Agatha MERECE.
Adorei a indicação.
Bjs
Eu confesso que gosto de biografias mas não de todos e/ou qualquer pessoa. Eu li algumas biografias maravilhosas e com certeza eu gostaria de saber mais sobre Agatha! \o
ResponderExcluirO único livro que li da autora foi "O caso do hotel Bertram" e me apaixonei! Quero sim ler mais livros dela, só que por enquanto tá complicado... :$
Beijos e parabéns pela dica!
;*