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Para saber mais sobre Cordel

21:13 A leitora 0 Comentários Categoria :

Olá Leitores :)
Encontrei mais algumas informações bem legais sobre Cordel, no site Educar para crescer, eis alguns dos itens que vocês podem encontrar lá:

Poesia no barbante






Normalmente impresso em livretos de oito, 16 ou 32 páginas, com dimensões que não costumam ultrapassar as da palma da mão, o cordel pode ser encontrado sobretudo no Nordeste, em feiras de grandes capitais (como a de São Cristóvão, no Rio de Janeiro) e em lojas especializadas em produtos nordestinos. 

Diferentemente de outras formas de literatura, o cordel é derivado da tradição oral. Isto é, surge da fala comum das pessoas, e também das histórias como contadas por elas, e não como fixadas no papel. "Onde quer que existam populações que não sabem ler nem escrever, existirá poesia oral, conto oral, narrativa oral, porque as pessoas não acham que o analfabetismo pode impedi-las de praticar a poesia e a narrativa. A literatura nasceu oral e foi assim durante milênios. Quando a Ilíada e a Odisseia foram transpostas pela primeira vez para o papel, já tinham séculos de idade", afirma o escritor Braulio Tavares. 

A origem dos cordéis são as cantigas dos trovadores medievais, que comentavam as notícias da época usando versos, que eles próprios cantavam, frequentemente de forma cômica. "Por volta do século 16, ela era praticada na península Ibérica por meio dos trovadores, que recitavam louvações e galanteios para agradar aos poderosos", diz Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Com o tempo, tais artistas começaram a registrar suas falas em folhas soltas, conhecidas em Portugal como "volantes", e prendê-las em torno do corpo em barbantes para que as recitassem e, ao mesmo tempo, garantissem as mãos livres para os movimentos. 

O verbete "cordel" apareceu apenas em 1881, registrado no dicionário português Caldas Aulete. Era sinônimo de publicação de baixo valor e prestígio, como as que na época eram vendidas penduradas em cordões na porta das livrarias - esses "varais" de literatura logo caíram em desuso, mas o nome prevaleceu. A tradição chegou ao Nordeste do Brasil com os colonizadores portugueses e, ao longo dos séculos, adquiriu características próprias. A forma definitiva, com os livretos, têm pouco mais de 100 anos. Tudo graças a algumas prensas velhas de jornal.

Glossário com pílulas sobre conteúdo e forma da literatura de cordel 






Acontecido: folhetos de não-ficção em que o cordelista reporta eventos reais - fatos de âmbito local, nacional ou internacional.

Folheteiro: intérprete, sujeito que canta os cordéis nas feiras e praças com o intuito de atrair público e estimular a venda.

Peleja: também conhecida por desafio, é o duelo poético oral entre cordelistas, eventualmente reproduzido em folhetos.

Romance: cordel tradicional que narra disputas entre o bem e o mal em anedotas, contos de fadas, causos de amor e aventura.

Sextilha: consagrada entre os poetas nacionais, é a estrofe de seis versos com sete sílabas (o segundo, o quarto e o sexto versos rimam entre si).

Xilogravura: imagem que ilustra a capa dos livretos brasileiros, obtida do relevo da madeira talhada.



Para o conteúdo completo clique aqui ;)

Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br

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