Leio, logo indico: Eu fui a melhor amiga de Jane Austen
Quando temos um livro em nossas mãos vários podem ser os objetivos que nos levam a abri-lo. Agora vou contar-lhes qual era o meu ao ler o livro resenhado neste post.
Após uma leitura que ficou muito abaixo de minhas expectativas, eu estava a procura de um livro que fosse seu oposto, e isso significava uma história leve, sensível. Primeiro li um que muito me agradou (talvez o resenhe), mas ,mesmo assim, não foi exatamente o que eu procurava, isso eu só encontrei no livro seguinte. Ficou curioso para saber sobre esse livro ? O que nele que tanto me encantou? Fácil responder!
Estou falando de “Eu fui a melhor amiga de Jane Austen”, que me deixou encantada!! Sou fã de carteirinha de Jane (e que leitora compulsiva não o é?) então, só de olhar para a capa do livro - que é extremamente fofa por sinal - , e ver “Austen” escrito, meus olhos já começam a brilhar *.*
São vários os motivos que fazem dessa uma boa leitura. Primeiro porque é uma mistura de ficção e realidade, prepare-se para conhecer um pouco mais da vida de uma das maiores escritoras de todos os tempos. Jovem, ainda sonhando com futuro que infelizmente sabemos que não chegou a desfrutar como deveria (seu talento não foi reconhecido em vida da forma como deveria), a jovem Jane, mesmo não sendo a protagonista da história, preenche as páginas com sua personalidade única, tão a frente de seu tempo.
A melhor amiga em questão, (que na verdade também tinha por nome Jane, mas para que o leitor não ficasse confuso, preferiu-se chamá-la de Jenny - um a espécie de apelido) é a protagonista da história e tem verdadeiros laços de amizade com Jane. As amigas são diferentes, mas ao mesmo tempo é possível notar que ambas são românticas e corajosas, cada uma a sua forma. Enquanto Jane fala o que pensa e não se prende aos caprichos da época, Jenny é delicada, recatada, inocente. Esta muitas vezes parece não ter noção de sua força e do quanto é admirada, mesmo que alguém diga a ela com todas as letras.
É difícil não se apaixonar pelos personagens, apenas um ou outro torna-se alvo de antipatia, o que na verdade é muito óbvio, pois quem iria gostar de Augusta, por exemplo, a esnobe e fútil cunhada de Jenny? Resposta: ninguém. A mulher é uma pedra no sapato de qualquer um. Mas não se preocupe, ela felizmente não aparece tanto, já que a família Austen preenche bem o espaço, nos proporcionando um verdadeiro desfile de jovens cavalheiros, que ajudam a construir a atmosfera romântica história – nos mantendo longe dos parentes de Jenny. Além dos cinco irmãos de Jane, há ainda os alunos de seu pai e os vizinhos. É tudo muito movimentado.
Em relação à escrita da autora, é clara e leve. Não há uma divisão em capítulos, mas páginas do diário de Jenny, que, às vezes, são interpostas por alguns trechos que não são partes dele, mas são igualmente narrados por ela. Além de um estilo sutil de narrar, “Jenny” nos presenteia com alguns desenhos tornando o livro ainda mais ... fofo! (Não tenho como evitar, o livro é uma fofura só ^.^... como dizem por aí, faz o leitor vomitar arco-íris rsr)
Sem mais delongas, digo apenas que se você aprecia a delicadeza e a sensibilidade do século XVIII, sinta-se a vontade. Pegue seu exemplar e deleite-se com a leitura! Não é nada fantástico, que vá mudar sua vida, contudo vai deixá-lo ainda mais encantado por Jane Austen, sentindo como se fossem melhores amigas (os).
Obs.: Li no site Jane Austen Brasil que “a Editora Rocco também deverá publicar a continuação de ‘Eu fui a melhor amiga de Jane Austen', chamada ‘Jane Austen Roubou meu namorado’ (ainda sem tradução no Brasil)”, mas isso foi em 2011, e até agora nada :x Mas pelo pouco que sei do livro, não me parece ser exatamente uma “continuação”, e sim outra história vivenciada pelas amigas (você vai entender quando lero final do primeiro livro e pensar no título desse ... ops! acho que já falei demais :X).
Até a próxima leitura!;*
Ps.: Achei que esse texto ficou horrível, não faz jus à obra, mas como o livro merece ser indicado, na dúvida entre postá-lo ou não prefiro acreditar que o fato de revelar algumas coisas sobre a senhorita Austen já basta para que desejem lê-lo e deixem de lado minhas palavras entusiasmadas, mas que pouco revelam ^.^
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