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Leio, logo indico: A culpa é das estrelas

18:29 A leitora 0 Comentários Categoria : ,


Às vezes todos queremos achar um culpado: para os problemas, para as tristezas, fracassos, frustrações, para as coisas que não são como desejamos, afinal “o mundo não é uma fábrica de realização de desejos”, mas que tal culpar as estrelas?
Não só é possível, como também muito provável, que você já tenha ouvido/visto algo sobre e até desejado esse livro. O título, por si só, já é um convite para olhar mais de perto. E, se você é um amante das boas histórias, nada do que eu vá dizer aqui irá surpreendê-lo, mas eu tenho como objetivo compartilhar meu ponto de vista e quem sabe inspirar alguém a ler esse livro.


Como eu dizia, essa é uma história que tem tudo para não te surpreender, você sabe, assim que lê a primeira página (não vou a dizer a sinopse, pois não acho que ela deva ser lida), que Hazel está doente. Ela tem aquela doença cujo nome, sinceramente, não gosto nem de dizer em voz alta: Câncer. Até aí tudo poderia ser um clichê, pois sim, essa é uma história de amor, sobre uma jovem condenada à morte, mas é também maior do que isso.
Acho que nunca li nada que soasse tão despretensioso e escrito de forma tão cuidadosamente... simples! Imaginei muitas coisas que poderia encontrar com essa leitura, porém a forma direta que o autor usa para dar voz a Hazel é totalmente única.  Gostaria de destacar uma coisa muito específica sobre esse autor, não sei se isso acontece em suas demais criações, mas é admirável o modo como ele consegue conferir um toque especial a uma palavra, o termo “okay” nunca mais terá o mesmo significado. E isso é a prova de que o importante nem sempre é “o que” é dito, mas o “como”. Em minha opinião, a surpresa não está no livro em si, mas em John Green! Sua escrita tem algo de especial que ainda não posso descrever com precisão, mas é inteligente, natural e sutilmente poética.

Hazel pode ter ar de reclusa e um "humor cinza" - não diria negro - (ainda estou procurando a palavra), mas é totalmente compreensível e justificável (estranho seria se ela fosse diferente), e ela tem ótimas características: é companheira, sincera, inteligente e decidida. Contudo, nada aconteceria se seu caminho não tivesse se cruzado ao de Augustus. Hazel Grace é a narradora da história, muitos(todos? Menos eu é claro ^.^) vão dizer que ela é a protagonista, e em tese ela é, mas não é possível dar muita atenção a qualquer personagem que seja além de um ... mentira, todos são ótimos e interessantes,  mas Augustus Watters  é a estrela desse livro, sem trocadilhos... ou talvez não, pois ele é o grande culpado de eu escrever esse texto.
"Gus" faz essa história acontecer, o leitor acreditar; se faz quase real em cada página. É muito fácil se apegar. Ele é um garoto lindo, engraçado, inteligente ( mas de uma forma diferente de Hazel); ele sabe ser fofo, criar uma situação para te fazer suspirar,  seus olhos azuis carregam mais vida do que todas as células de seu corpo poderiam, ele faz quem está ao seu lado sentir-se  mais próximo do que se pode chamar de feliz, seja Hazel, seus pais, seu melhor amigo - que por sinal tem tantos motivos para estar tão desolado quanto qualquer outro por ali , mas ao lado de Gus ele mostra algo mais por traz do sofrimento. Sim, há muita dor, mas também há muita verdade.
O problema de "A culpa é das estrelas" é que quando você chega (imperceptivelmente) por volta das 50 páginas finais (sério, digo isso quase no sentido literal, pois das 288, eu estava na 237!) fica difícil ler. É, porque quando você percebe que uma coisa que todos já sabiam que ia acontecer realmente aconteceu, percebe também que nunca está preparado para isso e, nesse instante, se dá conta de seus em seus olhos iniciou-se um lento processo de formação de lágrimas. Lento, pois ele teve inicio na primeira página, quando você começa a se apegar aos personagens; lento, porque quando minha visão ficou turva (mas não quando eu finalmente chorei) assim como os personagens de Green eu não quis ceder facilmente ao choro, mantive-me firme e forte (rs). E o que eu fiz para conseguir essa proeza? Parei de ler e escrevi este parágrafo (o primeiro) para compor esta resenha.
Eu poderia culpar John Green por me deixar sem palavras ao escrever um livro tão incrível, que falou comigo, quanto filha, mulher e, principalmente, ser humano e amante dos livros (isso foi realmente uma das melhores coisas, preciso dizer que o caráter metalinguístico - um livro que fala sobre outro livro -, e surpreendentemente importante para o enredo, que Green dá a sua obra te fará se identificar com a questão toda, pois todos têm um livro para amar, em que a história não caba quando chega ao fim <3);  poderia culpar os resenhistas e leitores, que comentaram tão calorosamente sobre esse livro e fazem com que eu tema não corresponder à altura. Eu poderia culpar a mim mesma, por não encontrar um jeito melhor de dizer isso. Porém eu aprendi uma coisa com esse livro, encontrei a forma perfeita para explicar o "fenômeno" que ocorre quando tento resenhar um livro e, em síntese: A culpa é das estrelas ... leia e você também vai entender ^.^



Até a próxima leitura!
 Okay? ^.~

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